Saiba o que o Inter ouviu no áudio do VAR da partida contra o Corinthians

Dois integrantes da direção do Inter estiveram no Rio de Janeiro nesta semana para uma reunião com o chefe da arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba. O vice Jurídico Guilherme Mallet e o assessor do Conselho de Gestão José Olavo Bisol aproveitaram a oportunidade para ouvir o áudio do lance polêmico em que a bola bate no braço do corintiano Ramiro.

Na ocasião, o árbitro Wilton Pereira Sampaio aponta para a marca de penalidade. Mas a cabine do VAR o demove da irregularidade. A conversa do campo com a cabine é clara: o jogador do Corinthians grita “foi braço de apoio, foi braço de apoio”. Enquanto Sampaio fala aos jogadores que o lance está em processo de checagem.

“Favor verificar na imagem uma possibilidade de braço de apoio”, menciona a cabine do VAR.

Wilton vai até a imagem à beira do gramado, debate o lance por alguns minutos com seus assistentes eletrônicos e volta atrás na marcação da penalidade.

“Em análise às imagens e áudios da arbitragem, principalmente no lance do pênalti, verificamos que não houve consenso entre a equipe do VAR quanto a “mão de apoio”. Cobramos a ausência de critérios, referindo o vídeo em que o próprio Gaciba (chefe da arbitragem na CBF) apresenta lance idêntico, informando que seria caso de pênalti. Ele, porém, argumentou que eram situações distintas, explicando posição corporal de ambos os casos e demonstrando outros exemplos em vídeos de bolas em braço de apoio”, explicou Mallet com exclusividade ao Vozes do Gigante.

Não haverá qualquer representação por parte do Inter quanto ao lance e/ou ao resultado da partida, uma vez que o prazo de pedidos de impugnação de partidas é de 48 horas. O objetivo de ir ao Rio, inclusive, se deu de forma institucional. Mallet explica a questão:

“Como eventual erro do árbitro de campo não é passível de anulação de jogo, de qualquer forma, registramos fortemente nosso descontentamento sobre a ausência de clareza de critérios, falta de profissionalização e a necessidade de melhoria da arbitragem como um todo, principalmente em jogos decisivos. Colocamos que o Internacional permanentemente atuará junto à CBF sobre questões dessa natureza, visando a melhoria dos critérios e da credibilidade do futebol brasileiro”, completou o vice jurídico.

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