Mano diz que classificação era obrigação e comemora invencibilidade no comando do Inter

O Inter terminou a tensão e o medo da fase classificatória da Copa Sul-Americana com um enredo feliz. Ao golear o 9 de Octobre, do Equador, por 5×1 e vendo o outro concorrente à vaga, o Guaireña, do Paraguai só empatar com o Independente de Medellín, da Colômbia, em 1×1, o Inter finalmente cravou o primeiro lugar, no apagar das luzes do grupo, que aparentemente seria fácil e está nas oitavas de final da competição.

A vitória sólida não começou tão bem elaborada. O Inter abriu o marcador e pouco tempo tempo depois viu o frágil e já eliminado time equatoriano empatar. O jogo ficou nisso na primeira etapa, só deslanchando depois, na segunda parte, em que fez mais 4 gols. Dourado (3 vezes), Estevão e Quiñonez (Contra) fizeram os gols pro Inter.

O técnico Mano Menezes, em entrevista coletiva após o jogo, comemorou a garantia da vaga, embora também tenha frisado que passar de fase era obrigação do time:

“Estamos felizes com esta noite e a classificação. Era nossa obrigação passar pela fase de grupos. Mas tivemos que fazer 10 dos últimos 12 pontos para conquistar isso, o que mostra o crescimento da equipe na competição. E isso tem muito a ver com a proposta de organização do time”, disse Mano.

O técnico reconhece que há expoentes individuais que se destacam e que podem oscilar também, porém ressaltou como fator determinante a força coletiva:

“Um coletivo bem organizado é o nosso caminho. Podemos nos tornar um time mais forte a partir dessa organização e é isso que estamos fazendo no primeiro momento. Temos que evoluir, mas resultados como este ajudam na confiança, e com isso todos crescem”, garantiu.

Mano reconheceu que a turbulência do primeiro tempo deixou uma sensação de pânico que vai do campo de jogo, passa pela casamata e chega nas arquibancadas, mas ele entende que são vícios que vem de trabalhos anteriores e que aos poucos podem ser curados:

“No primeiro tempo tivemos resquícios do que já passou, fantasmas do passado. Quando não se vai tão bem ou o resultado não está, vem uma vaia, uma ansiedade que senti na equipe e no torcedor. E nos desorganizamos. Começamos a fazer o que não era correto. O intervalo foi só para isso, para colocarmos no lugar, definir o que estava solto. Retomamos, iniciamos a fazer o jogo que queríamos e o resultado veio. Nos tornamos melhores, e isso nos deixa felizes”,

O técnico ainda brincou: ” Agora, já tendo uma vitória, podemos acrescentar à nossa invencibilidade”, falou aos risos.

Se pelo menos empatar diante do Atlético-GO, no Beira-Rio, Mano fechará uma série que soma os dez primeiros jogos sem perder no começo do Inter. Se somar o último resultado de Medina à frente da equipe, que foi um empate por 1×2 com o Guaireña e a vitória do interno Cauan de Almeida, por 2×1 diante do Fortaleza, o time colorado já emenda 11 jogos sem o dissabor da derrota e a última vez que sofreu o revés foi na estreia do Brasileirão diante do Atlético-MG, no Minerão, em 10 de Abril, quando perdeu por 2×0.

Mano ainda reforçou o quanto a classificação limpa o histórico mediano da primeira fase e deixa os times das oitavas em par de igualdade:

“Um clube que já ganhou Libertadores, Sul-Americana, Mundial, quando passa da fase de grupos, tira o peso do fracasso. Porque se não passa é fracasso. E agora é tudo igual. É 50 a 50, dois jogos, um lá, um cá, quem tiver mais farinha no saco passa”, frisou o técnico.

O técnico terá o restante da semana de treinos, pois o próximo jogo contra o dragão goiano será somente na próxima segunda-feira. Maurício deixou o campo com um diagnóstico inicial de entorse no joelho esquerdo e passará por reavaliação ao longo da semana, mas dificilmente terá condições de jogo e Alemão sentiu desconforto na coxa durante o aquecimento e acabou poupado do banco, também fica com pendência sobre seu aproveitamento. Porém, Alan Patrick e Pedro Henrique, voltam a ficar disponíveis, uma vez que não podiam jogar apenas essa fase da Sul-Americana.

Foto: Ricardo Duarte

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