Inter aguarda novos e melhores números e reforma do Gigantinho pode não ocorrer

Perto de completar 50 anos de inauguração, o Gigantinho respira por aparelhos e aguarda definições junto ao Conselho Administrativo do Inter para ressurgir como um dos principais ativos do clube e, acima de tudo, uma área multiuso referência no Brasil.

O problema está na condução do trâmite. Vamos recapitular: o Inter lançou um edital para apresentação de propostas para a reformulação do Gigantinho. O melhor projeto apresentado foi, segundo a gestão anterior, de Marcelo Medeiros, de um consórcio formado pelas produtoras DC Set e Opus. Houve a assinatura de um documento, chamado protocolo de intenções, em que as partes definiam cada responsabilidade sobre a reforma.

O fato foi amplamente noticiado pela mídia, ocasionando um debate acalorado nos bastidores do clube e, principalmente, no Conselho Deliberativo Colorado. O motivo se deu pela falta de um debate mais aprofundado sobre o tema no parlamento vermelho e, quando feito, em fevereiro do ano passado, muitos questionamentos a partir de pontos específicos no contrato vieram à tona.

A cedência de exploração da área fez a primeira celeuma. O Inter liberava a área para a DC Set e Opus por um prazo de 20 anos. As duas empresas investiriam cerca de R$ 30 milhões na reforma. Aqui a primeira polêmica: haveria uma cláusula de renovação automática da exploração por mais 20 anos. Ou seja: o Inter não estaria trabalhando com um retorno do patrimônio para as duas décadas. Mas, sim, quatro.

Além disso, o clube receberia um valor na assinatura do contrato – chamada de luvas – e um repasse anual dos lucros, não precisando mais gastar com a manutenção do espaço. As divisas foram consideradas baixas pelos conselheiros, iam contra alguns modelos de parceria que o Inter já tinha. Como por exemplo, o estacionamento da area.

Além disso, a proposta de reforma era dúbia. Conforme alguns conselheiros especializados no tema patrimônio do clube, existe uma margem de investimento prevista. Mas não há indicativo especificado para o que seria estrutura fixa, o que seria equipamento, o que seria periféricos…

⁃ Não há nem ao menos um projeto conceitual apresentado no que diz respeito à reforma. Isso seria um “cheque em branco” para a empresa. Possibilitaria que as empresas, por exemplo, fizessem uma reforma hidráulica, elétrica e do telhado em um valor “x” e utilizasse o restante do valor acordado em equipamentos – explicou um conselheiro com trânsito junto ao projeto.

Saiba mais bastidores sobre o Inter e a reforma do Gigantinho. Clica no player:

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