Sindicato acusa Inter de triplicar salário de executivos e vai à Justiça por reajustes

O Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos e Federações Esportivas do Rio Grande do Sul (Secefergs) notificou o Inter no início de fevereiro em busca da solução para com pendências com os profissionais do clube.

No documento, assinado pelo presidente da entidade, Miguel Salaberry Filho, o Secefergs destaca a ausência de reajuste aos salários dos funcionários desde 2018 e faz uma acusação pesada sobre os bastidores do clube.

Tem mais sobre os bastidores desse assunto no player abaixo:

O vice de Administração Victor Grunberg foi incansável em ouvir nossas ponderações, mas ele sempre dependia do CEO Giovane Zanardo (foto), o qual, desde janeiro de 2019 tratou de triplicar seu salário e dos novos executivos”, escreve o ofício.

Salaberry Filho aponta que o Secefergs cedeu a ponderações do clube, mas destaca que as demissões de funcionários em meio à pandemia seguem, lamenta a mudança no quadro de saúde, em que os planos com a empresa médica tiveram modificações que oneram os funcionários – os trabalhadores têm de arcar com consultas e exames – e afirma que denunciará o Inter aos órgãos competentes, inclusive ao Profut (leia o documento abaixo).

O Vozes do Gigante entrou em contato com o Inter para esclarecer o fato. Por meio da assessoria de imprensa do Conselho de Gestão, o clube destacou que “texto é vazio cheio de ataques aos profissionais que estão buscando uma solução boa para todos os lados”.

Sobre a acusação do aumento do salário dos executivos e do próprio CEO do clube, o porta-voz da direção limitou-se a dizer que “quem acusa é que precisa apresentar as provas”.

O sindicato afirma que o CEO do Inter recebe na casa dos R$ 80 mil mensais. E que esse valor seria substancialmente maior em relação ao recebido quando ele, Zanardo, era o executivo de financas do clube. Até o momento, o Secefergs não entrou com denúncia aos órgãos trabalhistas competentes. Espera por um contato do clube para o agendamento de uma reunião até o final do mês para equacionar o problema no Beira-Rio.

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