A frase do título soa absurdo para você? Pode apostar que para este escriba, também. Longe de mim apontar que, com apenas três partidas e poucos dias de trabalho, o Inter de Miguel Ángel Ramírez jogue o melhor futebol do Brasil. Longe disso.
Contudo, há melhoras evidentes na equipe Colorada. Desde os berros do espanhol na arquibancada do Beira-Rio diante do Ypiranga até o cochicho estratégico para Lucas Ribeiro e Léo Borges na vitória diante do Caxias.
São elas, aliadas à fala fácil, objetiva e extremamente didáticas nas coletivas, que empolgam o torcedor Colorado. Não todos, claro. E é neste ponto que quero me apegar.
Antes de tudo, é importante destacar: você tem TODO O DIREITO de enxergar o jogo que quiser. Gostar ou não do posicionamento dos atletas. Querer Yuri na ponta ou como centroavante. Fazer campanha para renovação deste ou dispensa daquela atleta. Legítimo. Tudo o é.
A dica que te dou, humildemente falando, é ler. Buscar informação. Entender o jogo de Ramírez. O de Ramírez, não o do Ernst, do Behs, do Collar, do João, do Pedro. O jogo do Ramírez.
Quer um exemplo? O Stat Inter fez um fio interessante apontando determinadas características do Inter a partir do jogo posicional. A construção na saída de bola, a busca por espaços, a liberdade na progressão e a condução da jogada… Vou colocar aqui embaixo para você ler completo:
Aliás, sobre jogo posicional! O colega Rafael Divério utilizou fotos, vídeos e trouxe a palavra de estudiosos do futebol em busca de explicar o sistema. Na matéria, nomes como o jornalista Gustavo Fogaça, o treinador espanhol Juanma Lillo, Agustín Peraita, ex-técnico da base do Barcelona, entre outros. O “futebol moderno” pode fazer você torcer o nariz, mas pode ser bem palatável quando bem entendido. Inúmeros são os perfis para você aprender sobre este “novo Inter”.
É cedo para se empolgar com Miguel Ángel Ramírez? Pode ser. Mas dane-se! Aproveite. Desfrute o momento. Se iluda. Miguelize-se.
Foto: Ricardo Duarte/S. C. Internacional.
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