Marcelo Medeiros explica voto com ressalvas às contas de seu último ano de gestão

Um fato curioso chamou atenção dos Colorados na votação das contas do ano de 2020. O presidente Marcelo Medeiros decidiu votar na aprovação do ano-calendário. Porém, sua decisão a respeito das finanças do clube apontava, no relatório de votantes, « com ressalvas ».

Divulgada de forma exclusiva pelo Vozes do Gigante, o voto com ressalvas foi debate nas redes sociais por conselheiros e torcedores. Em contato por WhatsApp, o presidente explicou o parecer:

– Foi a recomendação do Conselho Fiscal.

Vale destacar que não foi apontada irregularidades nos números de Medeiros. Mas pelo fato de o déficit de R$ 91,8 milhões ter ultrapassado o permitido pela lei do Profut, o Conselho Fiscal do Inter deu parecer favorável às contas. Mas indicou aos demais conselheiros do clube que o relatório recebesse a alcunha « com ressalvas.

Há motivo de discussão para o déficit de 2020. Cerca de R$ 40 milhões em premiações, cota de TV e patrocinadores acabaram entrando nos cofres do clube após 31 de dezembro. Ou seja: o ano-calendário 2021 terá esse acréscimo. E Medeiros viu boas rubricas ficarem de fora de sua matemática. Em um ano atípico devido à questão sanitária, o presidente resumiu:

– Sem a pandemia não teríamos déficit.

Marcelo Medeiros foi presidente por quatro anos. Em todos, o clube apresentou-se deficitário ao final de dezembro. Em 2017, R$ 62,6 milhões. No ano seguinte, após perdão de R$ 25 milhões de dívidas por Delcir Sonda, foram R$ 9 milhões. E em 2019, com ano recorde de faturamento, o negativo foi de R$ 3 milhões.

Por ironia, a última vez em que o Inter apresentou superávit foi em 2015, na gestão Vitorio Piffero – R$ 27,5 milhões. Entretanto, no ano seguinte, além de um prejuízo de R$ 11,1 milhões, as contas da gestão foram alvo de investigação no Ministério Público.

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