Perícia, leitura labial e direcionamento ao Ministério Público: os bastidores da injúria racial contra Edenilson

Em mais um dia de desdobramentos do caso de injúria racial envolvendo o meia do Inter Edenilson e o lateral do Corinthians Rafael Ramos, as informações apontam para uma conclusão desfavorável ao jogador português. Tudo leva a crer que Ramos será indiciado e, caso o Ministério Público aceite a denúncia da Polícia, responderá por crime de racismo, podendo ficar recluso por até um ano e meio, dependendo da tipicidade da pena.

Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o crime de injúria racial está inserido no capítulo dos crimes contra a honra, previsto no parágrafo 3º do artigo 140 do Código Penal. Os crimes de racismo estão previstos na Lei 7.716/1989, que foi elaborada para regulamentar a punição de crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, conhecida como Lei do Racismo. Há particularidades nos dois casos: racismo e injúria. Clique aqui para saber mais.

O prazo legal para que o inquérito seja finalizado é de até 30 dias. A delegada do caso, Ana Luiza Caruso, aponta que um laudo técnico será feito a partir da análise das imagens da televisão. Caberá ao Instituto Geral de Perícias (IGP) o relatório definitivo sobre o possível ato de injúria. A ideia, por óbvio, é que a investigação seja concluída o mais rápido possível. O laudo de dicção fonética será decisivo para a investigação.

Rafael Ramos nega ter ofendido Edenilson. Contudo, nos bastidores, há fortes indícios de que houve a injúria racial. O atleta do clube paulista teve de pagar fiança de R$ 10 mil para ser liberado pela polícia na noite de sábado. Ele responderá ao processo em liberdade. Edenilson fez o boletim de ocorrência e alega saber e ter ouvido claramente a palavra “macaco”.

Saiba mais sobre os desdobramentos do caso de injúria racial envolvendo Edenilson e Rafael Ramos:

Foto: Silvio Avila/Getty Images

Compartilhe:

Comentários