Não me apego à matemática para acreditar que o Inter possa ser campeão brasileiro

A timeline de boa parte dos Colorados nas redes sociais foi invadida por uma lista de números indicando a probabilidade de cada um dos clubes da ponta da tabela do Brasileirão ser campeão. E lá estava o vice-líder Inter com seus 9% e projeto de superar o líder São Paulo daqui duas rodadas e aumentar esse prognóstico.

Os dados são do Infobola, do meu amigo e matemático Tristão Garcia. Bom que se diga: quando escrevo que não me apego à matemática para acreditar que o Inter possa ser campeão brasileiro, o faço porque prefiro acreditar em performance antes de qualquer tipo de conta ou análise de calculadora.

É inegável que o time de Abel está evoluindo. Um time pragmático que faz o que tem de fazer: ganha pontos. Se expõe demasiadamente? Pode até ser verdade. Não encanta? Também pode ser. Mas conquista pontos. O troféu, se vier, não terá uma placa dizendo: “Campeão Brasileiro 2020 com o futebol bonito e pouco visto nos últimos anos”.

Abel fez a casa na varanda: a Cuesta, deu Moledo. Reapresentou Dourado ao meio. Introduziu e apresentou Caio Vidal não apenas ao torcedor, mas ao mercado: “Olá, ainda estamos por aqui, gigantes da Europa. Nosso Celeiro de Ases ainda funciona”. A isso, Edenilson e Patrick alternam seus bons (e maus porquê há de se ser perfeito sempre) momentos. Até quando Lomba e Danilo se machucam, a certeza de que é possível confiar em Daniel sobressai qualquer dúvida no “será?”.

Performance. É o que interessa e ganhará o título para o Inter. A porcentagem deixa para a timeline. Ainda que não seja de todo mal colocar a calculadora em destaque na mesinha ao lado da vela da promessa.

Foto: Ricardo Duarte/S. C. Internacional

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