Inter goleia o Coritiba no Beira-Rio, pula para terceiro e seca rivais no Brasileirão

Um, dois, três… antes de viajar ao Chile para encarar o Colo-Colo, o Inter de Mano Menezes vence o Coritiba com a autoridade de um 3 a 0 – gols de Taison, Edenilson e Alemão – e termina a sexta-feira na terceira colocação do Brasileirão. Agora, seca os atléticos, do Paraná e de Minas Gerais, ao longo do final de semana, para finalizar a 14ª rodada do Brasileirão no G-4 e, porque não, mais próximo do líder Palmeiras.

Mano Menezes manteve a coerência do discurso e escalou Thauan Lara na vaga do suspenso Moisés. Compondo a defesa Colorado, Rodrigo Moledo que não começava uma partida desde o confronto diante do Avaí, no 1° de maio. O meio campo estava um tanto faceiro, com Gabriel, De Pena, Edenilson e Taison. Aliado a tudo isso, a dupla da Oktoberfest, Pedro Henrique e Alemão.

Daniel fez um milagre logo aos dois minutos. Em um vacilo de Thauan Lara, que escorregou na entrada da área, em meio à jogada do Coritiba, a bola vem rasteira, tente à trave. Daniel se esticou todo e mandou para escanteio.

A resposta veio em um contragolpe de Pedro Henrique. Uma jogada plástica, com direito à meia-lua no marcador, fez toda a diferença pelo lado direito de ataque. PH rolou para o meio mas Alemão não conseguiu definir. A bola ainda retornou em Edenilson, que não esperava o rebota, e a bola apenas estourou em seu joelho antes de ficar com o Coritiba.

O placar foi aberto aos 18 minutos. Pedro Henrique entrou na área fazendo fila. Um. Dois. Três. Quatro. Quando foi para passar do quinto, cruzou rasteiro para o meio da área. Taison, de bom posicionamento, teve apenas o trabalho de empurrar para a rede. 1 a 0 para o Colorado.

O gol deu certa tranquilidade para o Inter trabalhar no primeiro tempo. Taison era muito participativo. De Pena comandava a saída de bola. Pedro Henrique era o diabo na esquerda. O Coritiba precisava de um exorcismo para segurar o atacante Colorado. O problema é que aos 30 minutos a tensão tomou conta do Beira-Rio.

Bustos caiu no gramado, com a mão à coxa direita, pedindo automaticamente a modificação para a comissão técnica de Mano Menezes. Heitor foi a campo. Apontando muitas dores, conversava com os médicos Colorados fazendo uma leve massagem na área em que sentiu. Teve de dar lugar a Heitor e agora se torna dúvida para a decisão da Copa Sul-Americana, terça-feira, diante do Colo-Colo.

A tranquilidade retornou ao Beira-Rio aos 41 minutos. Edenilson passou para De Pena. De Pena encontrou Alemão no meio da área. Um belo pivô do centroavante para Edenilson bater de chapa e ampliar o marcador. Um 2 a 0 para empolgar os mais de 15 mil torcedores da noite fria porto-alegrense. Uma jogada coletiva com a cara do time de Mano Menezes.

O Inter voltou igual para o segundo tempo. A boa performance da etapa inicial foi compensada cedo. Para exorcizar o fantasma da virada do Botafogo, aos oito minutos, Alemão encarnou o quinto Ghostbuster em uma bela jogada iniciada por Taison. O capitão Colorado prensou com a defesa do Coritiba e a bola sobrou para o centroavante. Na saída do goleiro, uma batida colocada ampliou: 3 a 0.

A partir daí, Mano passou a administrar não apenas o resultado, mas o cansaço de seus atletas. O jogo contra o Colo-Colo requer prudência e, sobretudo, grupo. Não era anormal observar os atletas de vermelho puxarem a perna com início de câimbra ou pisadas com alguma suspeita de dor. Mano, então, decidiu agir. Johnny entrou na vaga de Edenilson. Taison, Pedro Henrique e Moledo deram lugar para Mauricio, Caio Vidal e Kaique Rocha.

Os 3 a 0 permitiram um Inter sem maiores sustos e, com muita maturidade, envolver o Coritiba no Beira-Rio. Não havia espaço para surpresas nesta sexta-feira de São João. Opa, digo, de Oktoberfest.

Fotos: Ricardo Duarte, divulgação Inter
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